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Paz e justiça para 2014
Um ano novo acaba de nascer e o sol forte, mesmo intercalado com a chuva, o jacatirão florido, o flamboiã espalhando vermelho pelas calçadas, me dizem que 2014 será bom.
Por isso, não desejo muito deste novo ano. Peço apenas o possível: crianças na escola, velhos assistidos, ou seja: educação e saúde neste nosso Brasil e por todo este mundão de Deus; trabalho para todas as pessoas e alimento na mesa de todos, em qualquer lugar; ética e honestidade em todos as atividades do ser humano, principalmente na política, e conscientização geral de que precisamos preservar a natureza para que haja um futuro amanhã.
Que saibamos cuidar do nosso meio ambiente. Que paremos de desmatar, que possamos diminuir a poluição, para que nossos filhos e netos possam ter um mundo viável mais adiante. Não quero, para todos nós, filhos de Deus, uma felicidade instantânea e fácil; quero uma felicidade conquistada, verdadeira e merecida. Uma felicidade perene.
Quero sorriso no rosto das pessoas, mas não sorrisos tristes. Quero sorrisos iluminados, pejados de fé e esperança, que se não os houver, não haverá vida. Quero luz no olhos de toda a gente, faróis a apontar o caminho. Quero paz no coração de todo ser humano, quero carinho a semear ternura, quero uma canção em todos os lábios, a propagar a fé.
Quero pedir aos homens, principalmente aos que detêm o poder, o fim das guerras, pois o coração foi feito para abrigar a paz, e os lábios, mãos e olhos foram feitos para disseminá-la. O homem não foi feito para deter o poder em nas próprias mãos e com este poder destruir o seu semelhante. Peço à força maior que rege o universo que erradique do coração do homem a ganância, a inveja, o ódio, a indiferença.
Não estou pedindo nada impossível. Tudo o que peço pode se tornar realidade, se todos quisermos. E precisamos querer, para que este próximo ano que se inicia seja bom, seja melhor que os anteriores. Para que os nossos sonhos possam continuar, para que possamos ter esperança de realizá-los.
Felizmente, somos teimosos e não perdemos a esperança no futuro. Haveremos de ter sempre essa esperança abençoada que nos impulsiona a viver. Então, estamos impregnados de esperança e de desejo de paz para iniciar o próximo ano. Precisamos iniciar uma nova era, a era da paz, da honestidade, da conscientização, da justiça verdadeira. Utopia? Sonho? Mas sonho é esperança! Se não tivermos sonhos, o que será da esperança? E o sonho e a esperança podem e devem nos levar à realização.
A poesia aguça a nossa capacidade de amar, de sermos solidários, de preservar a vida e a natureza, de cultivar a paz. E precisamos disso para iniciar o ano novo.
* O autor é coordenador do Grupo Literário A ILHA em SC