Show de Bola
Por Coluna do Jânio Flavio -
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Vergonha
É isso que a torcida marcilista está sentindo com a não classificação para o hexagonal final do campeonato Catarinense. Muitos foram os erros fora e dentro do campo. Amadores assumindo departamentos importantes do clube, pessoas tentando interferir e passar por cima do departamento de futebol, entre outras situações. Esta na hora dos responsáveis assumirem as conseqüências.
Faltou comandante
O problema principal do Marcílio vem de cima. Faltou fazer as escolhas certas em momentos cruciais. Tanto dentro como fora das quatro linhas, os comandantes levaram o Marinheiro, mais uma vez, para a tempestade, em vez de navegar por águas tranquilas. Desde dezembro do ano passado, uma série de erros aconteceram e culminaram em uma campanha desanimadora.
Desorganização
O Marcílio que vimos em boa parte do campeonato foi incompetente e desorganizado em campo. Fora de campo foi mais que isso, foi amador. Quando o comandante designa funções para pessoas que não estão aptas a exercê-las sem comprometer o resto, perdem-se pontos no campo e nos tribunais. Um time e um clube que cedem ao adversário gols e argumentos jurídicos para derrotá-lo com certa facilidade, acaba decepcionando a torcida, apoiadores e investidores.
Elenco
O elenco apresentou falhas na montagem, atletas escolhidos para atuar em mais de uma posição não conseguiram jogar bem em nenhuma delas. Outros nomes não renderam aqui o que renderam em clubes anteriores. Isso faz parte do futebol. Mas essas falhas poderiam ser corrigidas ao longo da primeira fase. Quando Tulio Souza deixou Itajaí, não se buscou um novo meia para dividir com Athos a criação. Com Neguete improvisado na lateral esquerda e Macuglia preterindo Murilo, sabia-se que precisava-se de um novo jogador para aquela posição.
O último jogo
Leandro Campos repetiu o mesmo erro de Criciúma contra o Guarani. Acomodou-se com o resultado que lhe parecia favorável e deixou de ganhar o jogo. Se em Criciúma o empate era o objetivo, na quarta-feira o Marinheiro fez 1 a 0 e poderia ter matado a partida. Com o Bugre se atirando ao ataque, Leandro chamou o adversário pra cima ao sacar Athos e botar um volante. Depois tentou consertar com Néverton no lugar de Mineiro. Sem o seu cão de guarda mais fiel, o Marinheiro abriu a cabeça de área e quase tomou a virada.
Jamais abandonar
Compreensível a revolta do torcedor marcilista. Mais uma vez, o Rubro-Anil terá calendário somente até abril e a campanha pífia dentro de campo colocou o clube perto do rebaixamento. Apesar de todos os problemas, agora é o momento de ir ao estádio. De mostrar à diretoria e aos jogadores o motivo do Marcílio ser tão grande: a sua torcida jamais o abandona. São seis finais e a primeira é domingo.