Show de Bola
Por Coluna do Jânio Flavio -
Humilhação
O torcedor marcilista saiu com o coração ainda mais machucado do estádio Dr. Hercílio Luz na noite fria desta segunda-feira. Já vi muitas derrotas frustrantes do Marcílio em jogos decisivos, mas pela primeira vez vi o Marinheiro sair do Gigantão humilhado por uma equipe como o Atlético. O Rubro-Anil aceitou a derrota e, assim como contra o Avaí, só não foi goleado por mais porque o adversário era limitado. É triste, mas a realidade é que o Marcílio Dias está mais uma vez com os dois pés na segunda divisão.
Abel Ribeiro 6 x 2 Leandro Campos
O placar acima ilustra bem um dos principais motivos do rebaixamento do Marcílio Dias. Quando Guilherme Macuglia foi demitido, dois nomes foram postos na mesa. De um lado Abel Ribeiro, indicação do Conselho Gestor e preferido da imprensa e da torcida, do outro Leandro Campos, indicação de Egon da Rosa. O presidente José Carlos dos Santos deu o aval para Egon contratar o treinador e Abel foi para Ibirama. Agora o Marcílio vai pagar um preço caro por isso. Além do rebaixamento, a vinculação do nome de Egon ao clube jogou a credibilidade do Marcílio lá pra baixo entre torcida e empresários da cidade.
Faltou vontade
Quando Leandro assumiu contra o Criciúma, falei que o Marinheiro não ganhou o jogo porque foi para o sul com medo de perder. Em apenas um jogo, Campos fez algo que demonstrasse a intenção de vitória. Contra o Avaí, em Itajaí, tirou um volante para colocar um atacante. Por um acaso do futebol, ganhou o jogo. Fora isso, mostrou escolhas que em momento algum fizeram o Rubro-Anil pressionar o adversário para reverte o placar. O Marinheiro não caiu atirando. Colocou as armas no chão e deu o peito pro inimigo.
É pra virar ou só empatar?
É o que deviam ter perguntado Flavio e Soares ao técnico ao serem chamados para entrar com o placar em 4 a 0. Com o Marcílio precisando pelo menos empatar, o Atlético fez 2 a 0 aos 3 do segundo tempo e o treinador só mexeu no time após tomar mais dois gols? Ficou inerte na beira do campo e depois disse estar se sentindo no 7 a 1 da Alemanha contra o Brasil. Vergonhoso.
O que começa errado
termina errado. O maior responsável é o presidente. Quando assumiu, prometeu fazer uma limpa no clube, mas deixou Egon escolher seu treinador. Montou uma diretoria de futebol e uma comissão técnica, mas desfez tudo horas antes da apresentação para a imprensa. Colocou incompetentes para cuidar da documentação de atletas e perdeu seis pontos de forma patética. E os responsáveis continuam lá, trabalhando no clube. Esses são apenas alguns dos erros. Teremos mais de um ano sem futebol profissional para falar deles. Infelizmente.
Luz no fim do túnel
Mauro Ferreira assume para o jogo contra o Guarani. Conversei brevemente com ele nesta terça-feira e gostei do seu projeto no Marinheiro. Na próxima coluna, na sexta-feira, trago mais informações.