Show de Bola
Por Coluna do Jânio Flavio -
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Meurer: abandonado
Lembra aquela história de que os jogadores da base saem do Marcílio Dias para brilhar em outros clubes porque aqui não são valorizados? O próximo talento que o Marinheiro está negligenciando chama-se Bruno Meurer. O camisa 10 da equipe de juniores está há três jogos sem atuar pelo RubroAnil no Catarinense da categoria porque está sem contrato. Há três semanas o atleta aguarda a renovação do seu vínculo e a diretoria vai empurrando com a barriga. Enquanto isso, o sub20 perdeu os três jogos sem o seu meia principal.
Falta capacidade
Meurer integrou o elenco profissional durante todo o estadual e mostrou ter futuro. Na partida contra o Guarani, aquela que sacramentou o rebaixamento, teve sua primeira oportunidade em campo e fez um bom jogo, com personalidade. Com a saída do Conselho Gestor, a renovação de Meurer depende da condição financeira do Marinheiro de manter o seu salário (que é baixo). Se o presidente não consegue recursos para manter ao menos alguns atletas diferenciados em seu elenco da base, então realmente deve abandonar o barco e deixar que pessoas capacitadas assumam. Se permanecer esta incompetência, o Marcílio Dias seguirá perdendo bons valores para outros times.
Caveira na mesma
Abandonado pelo Marcílio no TJD, quando pegou um gancho de quatro jogos por uma expulsão injusta, o atacante Carlos Henrique está na mesma situação. Caveira, como é conhecido, não jogou pelo sub20 neste sábado porque seu contrato venceu na sexta-feira. Também vai ter que aguardar uma renovação. Enquanto isso, o gerente do departamento de futebol profissional, do campeonato que acabou em abril, segue empregado. O assessor jurídico já fez o Marcílio perder 13 pontos em 2015 por erros de documentação. Ele também continua funcionário do clube. Se falta dinheiro para os garotos da base, por que essas pessoas continuam?
Duas derrotas
O torcedor que foi ao Gigantão das Avenidas neste sábado amargou duas derrotas diante do Avaí: 5 a 0 no juvenil e 3 a 0 no juniores. Estes resultados são reflexo da diferença de estrutura nos dois clubes. O Leão faz um trabalho contínuo e oferece condições para os atletas se desenvolverem. Já o Marcílio, que voltou este ano a ter base própria, esbarra em diversos problemas internos, como a falta de campo para treinar. Ainda assim, o diretor de categorias de base, Edgard Medeiros, está fazendo o possível dentro das limitações do Marinheiro e merece apoio neste início de trabalho.