LUTO EM PENHA
Morre Edilson Gonçalves, o Pancho, do Beto Carrero
Pancho veio para Penha para participar da novela Ana Raio e Zé Trovão
Juvan Neto [editores@diarinho.com.br]

O parque Beto Carrero World perdeu na terça-feira um de seus artistas mais versáteis e que acompanhou a trajetória do empreendimento nos últimos 34 anos. Edilson Gonçalves, o popular Pancho, idade não informada, teve seu quadro de saúde agravado nos últimos 10 dias, o que motivou sua internação no hospital da Unimed, em Balneário Camboriú, onde faleceu.
Edilson atuava como ator no espetáculo Excalibur, o tradicional duelo medieval que se constituiu num dos primeiros shows trazidos por Beto Carrero para o empreendimento. Morava em Penha há 34 anos, chegando justamente no ano da inauguração do parque.
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Os dias seguidos de hospitalização fizeram o quadro se agravar – Pancho lutava contra a obesidade – e ele teve falência múltipla dos órgãos, segundo atesta o amigo Everaldo Dal Pozzo, o Italiano, que atuou no Excalibur durante décadas, no papel de Rei Artur e ao lado de Pancho e de Mário Ramos, 74, ator que fazia o Mago Merlin e que também faleceu no último dia 20 de julho, após acidente doméstico.
A amiga de Pancho, Beta Goes, se manifestou com pesar sobre a morte. A amizade já durava 10 anos. “Tive o prazer de conviver com esse grande homem, amizade que levamos para a vida e todas as vezes que o encontrava, ele me emocionava”, lembrou. “Em fevereiro fui visitá-lo e já estava com a saúde bem debilitada, devido à obesidade e suas comorbidades, apesar de ser muito novo”, disse Beta, expressando sentimentos à esposa Jô e todos os familiares.
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“Deus console seu coração e de seus familiares, e que as nossas meninas e o nosso Miguel guardem dele os ensinamentos e seu melhor sorriso”, completou, em relação aos filhos do artista.
Já Italiano disse ao DIARINHO que sente muito quando parte cada artista ou trabalhador que formou a geração original de colaboradores do Beto Carrero. “O Pancho chegou em Penha em 1990, com a caravana da novela Ana Raio e Zé Trovão, da extinta TV Manchete”, revela Everaldo.
Inicialmente, cuidava dos cavalos que figuravam na caravana fictícia da novela; em seguida, houve o convite para trabalhar no parque, já que era também artista de circo, ator, figurante. “Ele fez muita coisa no parque e também ajudou muita gente”, fala Italiano. Edilson estava como funcionário até os dias atuais.
O ator foi velado na Igreja do Evangelho Quadrangular, onde houve uma homenagem às 15h30, e seguiu para aplausos na portaria 1 do parque. Ele foi sepultado no cemitério do Gravatá, em Penha.
Juvan Neto
Juvan Neto; formado em Jornalismo pela Univali e graduando em Direito. Escreve sobre as cidades de Barra Velha, Penha e Balneário Piçarras.