O maior destaque da exposição foi um cacho da variedade caturra — também conhecida como banana Cavendish — que alcançou 73,1 kg. O exemplar foi cultivado por Adenilson Antunes Ramos, morador da comunidade de Rio Novo, e foi o mais pesado da competição. Na categoria prata, o cacho vencedor foi de Marcelo Feltrin, da localidade de São Brás, com 36,2 kg.
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A avaliação dos frutos seguiu critérios técnicos e detalhados. Segundo os jurados, a análise leva em conta aspectos como aparência, sanidade, manejo, comprimento, diâmetro das frutas e a formação das pencas. Os cachos são numerados e, na primeira etapa, os jurados selecionam os 10 mais bem avaliados. Na fase final, são definidos os cinco melhores de cada categoria.
“O cacho vencedor tinha 14 pencas e, com certeza, passou de um metro”, relatou o engenheiro-agrônomo Ricardo Negreiros, um dos jurados. O produtor contou que cachos desse porte são comuns no bananal onde foi cultivado. “É padrão da produção dele, sempre acima de 70 kg”, acrescentou o pesquisador Ramon Scherer, também da Epagri.
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O júri técnico foi composto por pesquisadores e extensionistas da fruticultura da Epagri de Itajaí e Joinville, além de membros da Associação de Bananicultores de Luiz Alves (Abla), pioneira nesse tipo de competição. O evento teve organização local do extensionista rural Eraldo Monteiro, com apoio da prefeitura.
Além de Ricardo e Ramon, participaram da avaliação os pesquisadores Luana Castilho Maro e Fabiano Bertoldi. Também fizeram parte do júri o gerente regional da Epagri Joinville, Hector Haverroth, os técnicos agrícolas Ingomar Seidel, Ricardo Grejianin e Adriano Bondan, e o extensionista Bruno Salvador, de Luiz Alves.
Durante a avaliação, os jurados observaram fatores como danos, manchas, maturação precoce e má formação da penca. “Uma fruta muito madura já perde vida útil”, explicou o presidente da Abla, Bertolino Vilvert. A pesquisadora Luana Maro também destacou a importância da uniformidade para facilitar o transporte. “Quando uma banana da penca aponta para lados opostos, isso pode atrapalhar o encaixe nas caixas”, disse.
Na categoria caturra, também foram premiados os produtores Adilson Lourenço Antunes Ramos, Marcos Alexandre Vilvert, Luis Felipe Habitzreiter, José Vilvert e Fábio Bittencourt Bettoni. Já na categoria prata, além do campeão Marcelo Feltrin, foram reconhecidos Aline Maria Kons Rech e Alcir Leonardo Rech, da comunidade Nossa Senhora da Conceição.
A competição segue agora para Luiz Alves, onde será realizada a tradicional disputa de cachos dentro da programação da 30ª edição da Festa Nacional da Cachaça (Fenaca), na próxima quinta-feira. O concurso em Luiz Alves terá três categorias: caturra, prata e variedades especiais — como banana da terra, banana coco, figo, maçã e roxa — cultivadas para consumo, mas fora do padrão comercial.
A expectativa da organização é reunir mais de 200 bananicultores no evento.