A morte de um bebê recém-nascido no hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, levou ao afastamento do médico terceirizado responsável pelo atendimento e à abertura de sindicância interna para investigação do caso que aconteceu na noite de sexta-feira. Em nota oficial, a prefeitura anunciou medidas e informou que a mãe da criança recebeu todos os cuidados e teve alta domingo.
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Segundo o comunicado, a prefeita Juliana Pavan (PSD) e o vice-prefeito Nilson Probst (MDB) souberam do caso na madrugada de sábado e estiveram no hospital logo pela manhã pra prestar solidariedade ...
Segundo o comunicado, a prefeita Juliana Pavan (PSD) e o vice-prefeito Nilson Probst (MDB) souberam do caso na madrugada de sábado e estiveram no hospital logo pela manhã pra prestar solidariedade à família, buscar informações do ocorrido e cobrar pronta apuração à equipe técnica da unidade de saúde. No Ruth, eles conversaram com o pai do bebê.
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Foi determinado que o hospital forneça todas as informações à família, incluindo o prontuário médico. A pedido da prefeita, funcionários do hospital foram colocados à disposição para testemunhar sobre o ocorrido. Além da apuração interna, o caso será investigado pela Polícia Civil a partir do registro do BO pela família.
A secretaria de Saúde informou as medidas já adotadas. Foram acionados a comissão de Óbito, que vai analisar a morte do bebê, e o comitê de Ética, para investigação se os procedimentos foram em conformidade com as práticas assistenciais. Os dados serão juntados à sindicância interna. A pasta ainda afastou, preventivamente, o obstetra que fez o parto e é vinculado à terceirizada que presta serviços de saúde no hospital.
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A empresa foi notificada para o afastamento imediato do médico. A medida segue até que seja concluída a sindicância que apura as condições que levaram à morte da criança. A investigação deve esclarecer se houve irregularidade ou negligência no atendimento.
Neste domingo, a secretaria informou que a mãe do bebê que morreu teve alta médica e que as providências administrativas sobre o falecimento do bebê seguem em curso. “A Comissão de Óbito da unidade de saúde está avaliando detalhadamente o prontuário médico da gestante e os procedimentos de parto. O Comitê de Ética do HMRC também participa dessa fase de apuração”, informou.
A secretaria de Saúde disse ainda que está prestando acolhimento à família, com suporte psicológico. Ainda foi dado acesso ao prontuário médico da gestante e feito o encaminhamento do caso ao Serviço de Verificação de Óbito, pra confecção de laudo técnico, documento que pode indicar a possível causa.
Além disso, a secretaria determinou a participação ativa da responsável pela rede Alyne na investigação. A Alyne, antiga rede Cegonha, é um serviço de atenção materna e infantil do governo federal, com foco na redução da mortalidade de gestantes e nos cuidados integrais às crianças. A secretaria deu prazo de 72h pra rede Alyne entregar um parecer técnico do caso.
Em paralelo, a secretaria adiantou que a Gestão de Qualidade do hospital levanta indicadores para avaliar a revisão de processos no setor da maternidade. A ação poderá recomendar melhorias no atendimento.