A Polícia Federal indiciou o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, e o seu irmão Wander Nunes Pinto Júnior, por envolvimento em apostas esportivas, após mensagens apontarem que o atleta confirmou que tomaria um cartão amarelo no jogo contra o Santos, pelo Brasileirão de 2023. Wander e familiares apostaram no cartão, assim como um grupo de amigos dele, o que chamou a atenção de três casas de apostas, que denunciaram o caso.
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A operação começou em novembro, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra os envolvidos, quando celulares foram apreendidos. Na época, Bruno Henrique declarou que era inocente ...
A operação começou em novembro, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra os envolvidos, quando celulares foram apreendidos. Na época, Bruno Henrique declarou que era inocente e que a situação seria esclarecida.
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De acordo com as conversas, o irmão dele apostou R$ 3 mil e teria R$ 12 mil para receber de uma casa de apostas após Bruno Henrique receber o cartão amarelo no jogo, em agosto. O jogador estava pendurado com dois cartões e teria “forçado” o terceiro amarelo para ficar suspenso na partida seguinte.
Juninho, como é chamado por Bruno Henrique, pediu R$ 10 mil emprestados ao jogador, alegando que a aposta não tinha sido paga.
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“Me ajuda nessa aí com 10 mil só pra resolver minhas coisas até esse dinheiro sair, pagar cartão, pagar pensão dos meninos que está atrasada, me estabilizar aqui. Eu não queria te pedir, só que eu não tenho outra solução, eu ia até fazer um empréstimo pra resolver isso, mas eu não consegui, a única solução que tive a recorrer é você”, diz a mensagem.
Além de Wander e Bruno Henrique, foram indiciados ainda Ludymilla Araújo Lima, esposa de Wander e Poliana Ester Nunes Cardoso, prima do jogador, que também fizeram apostas.
Wander e Bruno Henrique foram enquadrados pelo artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que fala de “fraudar, por qualquer meio, ou contribuir para que se fraude, de qualquer forma, o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado”. A pena é de dois a seis anos de prisão. Já os demais envolvidos foram denunciados pela PF por estelionato.