Uma audiência pública vai discutir, no próximo dia 30 de abril, a partir das 19h, o mau cheiro vindo da fábrica de farinha de peixe Farol, no bairro Cordeiros, em Itajaí. A audiência foi proposta pelo vereador Beto Cunha (Republicanos) e aprovada pelos demais vereadores. “Há anos, não apenas a comunidade de Cordeiros, mas moradores de diversos bairros vêm sofrendo com o mau odor emitido pela fábrica de farinha de peixe. Sabemos que houve uma troca na direção da empresa, mas os problemas persistem. Nosso objetivo com essa audiência pública é abrir um espaço de diálogo para que a empresa possa apresentar quais medidas está adotando para, de uma vez por todas, resolver esse grave problema ambiental”, disse o vereador Beto Cunha.
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Foram convidados para a sessão representantes da empresa, órgãos ambientais e municipais de fiscalização e a comunidade em geral. O parlamentar reforça a importância da participação da ...
Foram convidados para a sessão representantes da empresa, órgãos ambientais e municipais de fiscalização e a comunidade em geral. O parlamentar reforça a importância da participação da comunidade dos bairros Cordeiros, São Roque, São Vicente e demais regiões afetadas pela empresa no encontro público. O plenário da câmara tem espaço para até 200 pessoas, com senha sendo distribuída por ordem de chegada caso exista a necessidade.
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A discussão foi motivada por inúmeras reclamações dos moradores sobre o mau cheiro causado pela fábrica, que também motivou vistoria da Vigilância Sanitária de Itajaí e do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (Ima), feita na última sexta-feira de março.
Na ocasião, segundo o diretor da Vigilância Sanitária, Silvio Schaadt, diversas irregularidades foram encontradas, como peixe estragado sendo processado no local, pescado acumulado e caçambas com peixe podre no pátio.
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A empresa foi notificada e tinha até sexta-feira, 4 de abril, para resolver as pendências, sob pena de multa e até interdição.
Na nova vistoria, Silvio informou que todos os problemas foram resolvidos. Nesta quarta-feira, os fiscais também vistoriaram a unidade da empresa Farol em Biguaçu.
A Vigilância Sanitária acredita que uma solução definitiva para o problema passa pela transferência da recicladora para uma área menos habitada, com melhorias no tratamento de gases e, se possível, a instalação de estrutura para resfriamento ou congelamento dos resíduos, especialmente em períodos de pico da safra, como o atual.
Uma das áreas cogitadas para a transferência fica perto do Complexo Penitenciário da Canhanduba, em terreno nas imediações do aterro sanitário, mas não há previsão dessa possível mudança acontecer.