O namorado de Maria Gabriella Nunes, de 14 anos, foi mesmo quem matou a adolescente. O homem, de 22 anos, responderá por feminicídio, ocultação de cadáver e violência psicológica contra a menina com quem namorou por quase um ano.
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Gabriella foi morta no dia 12 de fevereiro, a facadas, e depois teve o corpo jogado no rio Itajaí-mirim, no bairro Brilhante. A motivação do crime foi ciúmes e o anúncio de Gabriella de desejar terminar ...
Gabriella foi morta no dia 12 de fevereiro, a facadas, e depois teve o corpo jogado no rio Itajaí-mirim, no bairro Brilhante. A motivação do crime foi ciúmes e o anúncio de Gabriella de desejar terminar o relacionamento com o agressor.
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Segundo a investigação, comandada pelo delegado Roney Pericles, o namorado praticava violência psicológica contra a adolescente, buscando controlar suas ações por meio de constrangimentos e ameaças. “A principal motivação estaria atrelada à insatisfação do autor com o interesse de a vítima pôr fim ao relacionamento, assim como pelo ciúme exacerbado e pelo sentimento de posse que ele nutria por ela”, explicou o delegado.
Em uma das mensagens que passaram a circular após a morte da adolescente, ela relatou a uma amiga que teria apanhado do namorado. “Eu não tava me sentindo bem com o relacionamento sabe, parecia que não tava mais dando certo. Fui conversar com ele, e ele me enforcou sabe, me deu um tapa na cara...”, escreveu.
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O delegado informou que ainda não teve acesso a todo o conteúdo do celular da vítima ou nem do acusado. “Restam diligências em andamento e que devem ser concluídas em breve, como extrações e análises dos conteúdos dos aparelhos telefônicos apreendidos e exame laboratorial de vestígios colhidos, por ocasião de perícias realizadas pela Polícia Científica”, informou.
Embora o corpo da adolescente tenha sido encontrado em Navegantes, a polícia já descobriu que ela foi morta e jogada no rio no bairro Brilhante. “De acordo com o laudo necroscópico, as lesões foram por meio de instrumento perfurocortante (provavelmente faca), causando choque hipovolêmico. Ele teria arremessado o corpo no rio Itajaí-mirim, sendo levado pela correnteza até o rio Itajaí-açu”, concluiu.
O acusado, que estava preso desde o dia 15 de fevereiro, teve a prisão temporária convertida em preventiva e seguirá preso. Ele ainda não confessou o assassinato, conta o delegado.
O crime
Gabriella estava desaparecida desde a noite de 12 de fevereiro. O namorado foi a última pessoa a vê-la com vida, quando os dois saíram da casa da menina na rua Edmundo Victorino, no bairro Brilhante, foram abastecer o carro e foram vistos comprando guloseimas numa conveniência. O suspeito alegou que deixou Gabriella em casa, por volta das 22h. No dia 14 de fevereiro, o corpo da menina foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros Militar às margens do rio Itajaí-açu, em Navegantes, com várias perfurações e marcas de agressão. A adolescente cursava o 9º ano na escola básica Professora Martinho Gervasi, no bairro Brilhante 2.