A polêmica dos gramados sintéticos no futebol brasileiro se reacendeu nesta semana, com o movimento de vários atletas consagrados do futebol nacional se manifestando contra o uso deste tipo de piso no país. Nomes como Neymar, Thiago Silva, Coutinho, Gabigol, Lucas Moura e Bruno Henrique postaram o mesmo texto, em favor de gramados naturais. Do outro lado, Botafogo e Palmeiras defenderam os gramados sintéticos dos seus estádios.
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“É um absurdo a gente ter que discutir gramado sintético em nossos campos. Objetivamente, com o tamanho e representatividade que tem o nosso futebol, isso não deveria nem ser uma opção. A solução ...
“É um absurdo a gente ter que discutir gramado sintético em nossos campos. Objetivamente, com o tamanho e representatividade que tem o nosso futebol, isso não deveria nem ser uma opção. A solução para um gramado ruim é fazer um gramado bom, simples assim”, diz um trecho da nota dos jogadores, que afirmam que futebol profissional não se joga em gramado sintético.
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Atletas de clubes como Botafogo, Palmeiras e Athletico-PR não se manifestaram. Já o atacante Tiquinho Soares, atualmente no Santos, fez a postagem, mas depois apagou, alegando ter sido chamado de “ingrato” pelos botafoguenses, clube que defendia até o ano passado.
Em defesa dos sintéticos, saem Palmeiras e Botafogo
Clubes da Série A que usam gramados sintéticos em seus estádios visando facilitar a promoção de shows, Palmeiras e Botafogo, responderam com notas oficiais.
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“Não há qualquer comprovação científica de que o risco de lesão em campos artificiais seja maior do que em campos naturais. Pelo contrário: recente estudo publicado pela revista ‘The Lancet Discovery Science’ aponta que a incidência de contusões em jogos de futebol disputados em gramados artificiais é inferior a de lesões em campos naturais”, alega o Palmeiras, que afirma estar certificado pela Fifa e ser o clube da Série A com menos lesões nos últimos cinco anos.
“O Botafogo investiu na construção de um gramado Fifa Quality Pro para garantir melhores condições de jogo a todos os atletas. Chega a ser hipocrisia pensar a defesa irrestrita do gramado natural enquanto diversos estádios do Brasil – sufocados por um calendário intenso ao longo do ano – apresentam qualidade que, estes sim, podem gerar sérias consequências físicas e pôr em risco a carreira de atletas de base e profissional”, escreveu o Botafogo.
Em Santa Catarina, o Brusque usa o gramado sintético no estádio Augusto Bauer, que já serviu até para jogos da Série B do Brasileiro. Já a Chapecoense está em processo de instalação de gramado sintético na Arena Condá, que deve ser estreado na Série B deste ano.