SAÚDE

Santa Catarina jogou fora mais de 168 mil doses de vacinas em 2024

Perda de doses foi por vencimento da validade e quebra de frascos

Maior parte dos imunizantes era contra covid e gripe

(Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Divulgação/SES)
Maior parte dos imunizantes era contra covid e gripe (Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Divulgação/SES)
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Santa Catarina descartou 168.392 doses de vacinas em 2024, a maioria contra a covid-19 e contra a gripe, num prejuízo de R$ 4,4 milhões. As perdas foram reveladas pelo portal NSC e ocorreram no ano em que o estado liderou o ranking de falta de vacinas no país, com 87% das cidades afetadas, conforme a Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

Segundo esclarecimento da secretaria estadual da Saúde, os principais motivos para o descarte foram a quebra de frascos e vacinas vencidas. As perdas por vencimento do prazo de validade ...

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Segundo esclarecimento da secretaria estadual da Saúde, os principais motivos para o descarte foram a quebra de frascos e vacinas vencidas. As perdas por vencimento do prazo de validade estariam ligadas à baixa procura da população pelos imunizantes, que acabam sendo jogados fora antes mesmo da distribuição aos municípios. No caso da gripe, nos últimos dois anos o estado teve taxas de vacinação abaixo da meta.

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Entre as vacinas descartadas, 11.850 doses eram da vacina contra a covid. As perdas teriam a ver com as remessas separadas por faixa etária do público-alvo. Apesar da distribuição proporcional aos municípios, o estado registrou, em 2024, períodos de desabastecimento de vacinas só para adultos ou só pra crianças e adolescentes, e as vacinas disponíveis nem sempre eram pra atender o grupo que mais precisava.

Atualmente, Santa Catarina tem cobertura de 80% da população vacinada com ao menos duas doses da vacina contra a covid. O estado fechou 2024 com 180 mortes pela doença e 37.084 casos de infecção, com 1625 pacientes hospitalizados. Neste ano, conforme dados do governo estadual até 7 de fevereiro, foram seis mortes, 1264 infectados e 73 hospitalizações.

Além das vacinas contra a gripe e covid, também foram descartadas doses de imunizantes contra a difteria, tétano e coqueluche (vacina tríplice DTP) e contra a hepatite B, que teve 2442 doses perdidas por vencimento do prazo de validade, num prejuízo de R$ 1,6 milhão. 

 

Nova compra de vacinas

Na semana passada, o governo federal anunciou a compra de 69 milhões de doses da vacina contra a covid, visando garantir o abastecimento na rede pública por até dois anos. O ministério da Saúde adotou inovações no contrato, prevendo entrega parcelada pelo laboratório e a possibilidade de substituição das doses por versões mais recentes aprovadas pela Anvisa.

O anúncio vem após o Ministério da Saúde atualizar, em dezembro, a estratégia de vacinação contra a covid. A pasta incluiu as doses no Calendário Nacional de Vacinação para gestantes, que devem ser vacinadas com uma dose por gestação, e idosos, que receberão uma dose a cada seis meses. As orientações já foram repassadas às secretarias de saúde dos estados.

De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o esforço do governo é manter os estoques abastecidos. “A imunização é tratada na atual gestão com a mais absoluta prioridade, o que significa, em dados objetivos, manter as aquisições de vacinas necessárias para a proteção da população, levando em conta o imunizante adotado em cada faixa etária,” comentou.

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No final de 2024, o ministério distribuiu 2,5 milhões de doses da vacina da covid para todos os estados. O lote, comprado de forma emergencial, foi repassado a todos os estados, garantindo que não haja falta de vacina no país. Em cada estado, as secretarias de saúde são responsáveis pela distribuição aos municípios.

 

Estado e prefeituras ampliam idade de vacinação contra a dengue

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Região da Amfri é uma das três de SC que ainda não tem vacinas contra a dengue (foto: divulgação/PMI)
Região da Amfri é uma das três de SC que ainda não tem vacinas contra a dengue (foto: divulgação/PMI)

 

A Secretaria de Estado da Saúde e as secretarias municipais de Saúde anunciaram que vão ampliar a faixa de idade da vacinação contra a dengue em Santa Catarina. Na região da Amfri, porém, a vacina ainda nem chegou pra primeira faixa etária. A medida veio após decisão na primeira reunião do ano da Comissão Intergestores Bipartite (CIB), formada por gestores estaduais e municipais de saúde.

Ficou definido que os municípios que já aplicam a vacina contra a dengue em adolescentes de 10 a 14 anos podem ampliar o público para de 15 e 16 anos. Cada município vai definir como será a ampliação, conforme a quantidade de doses disponíveis e a necessidade de ter doses suficientes pro esquema vacinal.

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“Essa é mais uma ação da secretaria da Saúde juntamente com os municípios, de combate à dengue. A vacinação contra a doença está baixa e nós queremos imunizar o máximo de pessoas que pudermos ainda no verão. Nosso objetivo é um só: salvar vidas”, disse secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi.

A região da Amfri é uma das três do estado que ainda não possuem vacinas contra a dengue, apesar das cidades infestadas pelo mosquito e de Itajaí estar em situação de emergência devido à alta taxa da doença. No estado, as regiões nordeste, vale do Itapocu, grande Florianópolis, médio vale do Itajaí e oeste somam 76 cidades com vacinas.

Ainda em 2024, o estado pediu ao ministério da Saúde a ampliação das vacinas pra foz do Itajaí, extremo oeste e Xanxerê. Em Itajaí, a prefeitura espera ser contemplada e aguarda informações do estado sobre a liberação da vacina. Em Balneário Camboriú, a cidade não deve receber as vacinas diante dos critérios do público-alvo, ainda sem morte registrada e nem internações na faixa de idade estipulada.

Com a cobertura ainda restrita no estado, dependendo de novas remessas do Ministério da Saúde, os índices vacinais contra a dengue em Santa Catarina estão em 43,95% com a primeira dose e 20,65% com a segunda dose.

 

Itajaí adota novas estratégias

Conforme o painel estadual da dengue, são 4316 casos prováveis da doença em 2025, com 113 internações e ainda nenhuma morte confirmada, com cinco casos em investigação. Itajaí lidera a taxa de incidência no estado, com 825 casos prováveis.

A prefeitura adotou novas estratégias de prevenção, entre elas a aplicação em paredes internas e externas de inseticida residual que cria uma barreira química aos mosquitos. Os trabalhos começaram na quinta-feira no bairro São Vicente, que tem a maior quantidade de casos confirmados da doença.

Na semana passada, o município fez um curso de capacitação pra médicos e enfermeiros sobre os atendimentos pra pessoas com suspeita de dengue. Além disso, uma equipe da Diretoria de Vigilância Epidemiológica recebeu treinamento no Hemosc para usar um novo aparelho pra testes de dengue.

A prefeitura recebeu 22 equipamentos portáteis que vão ajudar na identificação e combate à doença. Os aparelhos vão para os bairros Santa Regina e Salseiros, reforçando a estrutura para exames de moradores de áreas mais afastadas.






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