A desembargadora Cinthia Schaefer, que ordenou a prisão do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro (PSD), recusou o convite do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), para assumir a Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa. Em nota, a assessoria da magistrada informou que ela continuará atuando no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, onde está há 34 anos, "com lealdade, imparcialidade e correção".

O convite de Jorginho Mello veio após a operação Caronte, que prendeu Salvaro e gerou polêmica em ano eleitoral. Aliados do prefeito classificaram a prisão como um "ato político" com possível interferência do governador. A operação investiga fraudes em licitações de serviços funerários em Criciúma.

Na última terça-feira, Clésio Salvaro e outras nove pessoas foram presas durante uma operação que investiga crimes relacionados à concessão de serviços funerários em Criciúma. A investigação começou após denúncias de fraudes em licitações, apontando supostas alterações na legislação municipal para restringir o número de empresas habilitadas na cidade.

Nesta quinta-feira, o desembargador Zoldan da Veiga pediu vistas, suspendendo o julgamento que poderia resultar na soltura de Clésio e dos demais presos. A desembargadora Cinthia Schaefer votou pela manutenção das prisões.

 Legenda Jorginho Mello convidou Cinthia Schaefer para comandar a Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (Foto: TJSC)