Uma nova lei aprovada em Itajaí, de autoria da vereadora Anna Carolina Martins (PSDB), prevê a criação da “Fila Única da Castração e Microchipagem de Cães e Gatos”. A medida obriga o município a divulgar em seu site a lista dos pets que aguardam os procedimentos.
O serviço ainda não foi disponibilizado porque o Instituto Itajaí Sustentável (Inis) está organizando as informações necessárias. “As informações divulgadas incluirão o número do protocolo ...
O serviço ainda não foi disponibilizado porque o Instituto Itajaí Sustentável (Inis) está organizando as informações necessárias. “As informações divulgadas incluirão o número do protocolo e a data de inscrição, seguindo rigorosamente a ordem de inscrição para a chamada dos animais, semelhante ao sistema adotado hoje nas vagas de creches”, diz a vereadora.
A lei, que foi sancionada nesta semana, promete mais transparência e deve facilitar a fiscalização. Assim, busca prevenir irregularidades relacionadas à castração, como procedimentos em animais de outras cidades ou de tutores que não atendam aos critérios da castração social.
“Como é que a prefeitura de Itajaí, o canil municipal e o Inis, que é responsável pelo canil, sabe quem é que tem direito e quem não tem direito? São só para as pessoas simples ou são pros amigos? Vai esperar muito tempo ou não vai esperar muito tempo? O que a gente quis é dar transparência pra situação e pra evitar esse tipo de denúncia”, explica. Voluntários da causa animal veem a adoção da lista como positiva.
Cuidadora relata descaso do poder público
Suraia Pereira é mentora da Associação Amor Animal e trabalha com recuperação, conscientização e doação de animais em Itajaí há mais de 20 anos. Segundo ela, ter a lista no site da prefeitura será interessante para que os tutores acompanhem a fila de espera. Porém, a ativista questiona a real fiscalização dos procedimentos.
“O que vai acontecer se eles não vierem a fazer (as castrações)? Porque hoje já existe esse processo. O município forneceu uma verba para o Inis para fazer cinco mil castrações. Não fizeram todas e eles já pararam com castrações, porque eles alegam à prefeitura que não têm verba, mas a verba foi doada para essa finalidade”, acusa Suraia.
A mentora da ONG ainda questiona a parada no projeto “CastraBus”, e traz à tona a questão do abrigo municipal, local em que os animais chegam a brigar por conta da superlotação.
“Agora assumiu uma empresa na Uapa, no canil municipal, para castração gratuita, vacina, cirurgias, atendimento veterinário, para pessoas de baixa renda até três salários mínimos. Mas as pessoas não conseguem levar os seus animais porque é longe, não tem condição. Então eu não sei se essa lei vai ser feita pela prefeitura. O descaso que tem do poder público, do município…”, relata.