Mensagens fakes

Bancos alertam para o golpe do 0800

Criminosos estão criativos: tem até a falsa central que simula serviço de atendimento pra furtar dados e dinheiro

Golpistas se passam por atendentes de banco para enganar as vítimas
(Foto: Franciele Marcon)
Golpistas se passam por atendentes de banco para enganar as vítimas (Foto: Franciele Marcon)

O golpe da falsa central telefônica para enganar clientes de instituições bancárias e financeiras tem ganhado “nova roupagem” e fez a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alertar para as abordagens dos bandidos. A entidade destaca que os golpistas usam técnicas de “engenharia social” para que as pessoas passem dados como senhas e números de cartões, e sejam levadas a fazer transferências de valores para os próprios golpistas.

Segundo a Febraban, os criminosos também atualizaram as táticas para golpes já conhecidos, como o do falso 0800, que simula um serviço de atendimento. “Os golpistas estão enviando mensagens de SMS para o cliente informando sobre uma transação suspeita de valor alto em uma compra no varejo”, informa a Febraban.

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A partir da mensagem, os golpistas pedem que o cliente entre em contato com uma suposta central de atendimento para esclarecer o problema. No texto aparece um número 0800, supostamente de um banco ou serviço de cartões de crédito, em técnica usada para dar maior credibilidade à mensagem.

Normalmente, o golpista usa o nome de alguma instituição financeira, incluindo bancos digitais como Nubank, C6 e Inter, em mensagens que alertam para a suposta aprovação de uma compra de determinado valor em alguma rede de varejo conhecida.Marcas como Renner, Americanas e Ponto Frio tem tido os nomes usados pelos bandidos.

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Diante da “suspeita”, o cliente é orientado a ligar para uma central 0800 caso desconheça a compra em questão. As variações da mensagem incluem pedido pra que a pessoa digite o número 1 pra confirmar a transação ou para clicar no número 0800 informado pra tirar dúvidas. É a partir daí que o golpe começa a ser aplicado nas vítimas.

“Como a compra é falsa, ao ligar para a falsa central de atendimento, o golpista diz que a transação está em análise e que por isso ainda não aparece na fatura do cliente. E que para resolver o assunto, o consumidor deve fazer uma transação para regularizar o problema, ou ainda pede dados pessoais, como número de conta e senha, para cancelar a operação”, explica a Febraban.

Milhas e prêmios de mentirinha

Outra estratégia dos golpistas é dizer nas mensagens que as milhas ou pontos do cartão da vítima estão vencendo. Eles pedem que o cliente ligue para a falsa central telefônica para não perder a vantagem ou ainda passam um link de site fraudulento que induzirá o cliente a fornecer dados bancários e pessoais. Também há casos de mensagens oferecendo falsos prêmios e que levam a vítima a ligar para o bandido, caindo na armadilha.

Ao fazer contato com o golpista, o cliente pode ser levado para uma conversa via WhatsApp, onde a vítima recebe uma mensagem que tem embutida um QR Code, com orientação pra ser colada na área pix do banco, pra supostamente regularizar a situação da conta ou cartão do cliente.

“O cliente nunca deve fazer ligações para números de telefone (0800) recebidos através de SMS ou por outras mensagens. Se tiver alguma dúvida, o cliente deve ligar para os canais oficiais de seu banco ou para seu gerente”, orienta Adriano Volpini, diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban.

Ele esclarece que os bancos ligam para os clientes para confirmar transações suspeitas, mas nunca pedem senhas, dados pessoais ou informações da conta, como o limite de crédito. “Também nunca ligam e pedem para que clientes façam transferências ou pix ou qualquer tipo de pagamento para supostamente regularizar problemas na conta”, reforça.

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Armadilha da “conta segura”

Os criminosos também vêm usando a tática de ligar para o cliente e dizer que a conta da pessoa está sendo fraudada por um funcionário do próprio banco. Para resolver o “problema”, a vítima é orientada a transferir o valor para uma chave ou conta segura, que na verdade é a conta de um golpista.

Na abordagem, os bandidos chegam a dizer à vítima que os bancos devem bloquear a transferência e vão ligar para confirmar a situação suspeita. Para evitar o bloqueio, os golpistas pedem que o cliente confirme a operação para o banco e diga que o valor é referente a um investimento ou transação particular.

Segundo a Febraban, cerca de 70% das tentativas de golpes têm origem na “engenharia social” tramada pelos bandidos e não estão ligadas em brechas no sistema dos bancos. A entidade diz que as empresas gastam R$ 3,5 bilhões por ano em tecnologias de segurança e que também atuam em parceria com a polícia pra identificar e punir os criminosos digitais.

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A Febraban ainda destaca que tem investido em campanhas de conscientização contra a ação dos golpistas. O site traz uma série de dicas contra fraudes e golpes que são atualizadas permanentemente.




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