ITAJAÍ

Pastor da Assembleia de Deus acusado de fraudes é inocentado pela Justiça

Justiça julgou improcedente denúncia de desvio feita em 2020 contra o pastor Antônio

Pastor Bordin ficou 15 anos no comando da Assembleia de Deus em Itajaí (Foto: Arquivo)
Pastor Bordin ficou 15 anos no comando da Assembleia de Deus em Itajaí (Foto: Arquivo)

O juiz Daniel Lazzarin Coutinho, da 4ª vara cível da comarca de Itajaí, julgou improcedente a acusação contra o pastor Antônio Nemer Bordin por supostas fraudes na gestão da igreja Assembleia de Deus de Itajaí. A decisão saiu na última quinta-feira.

Em outubro de 2020, um grupo de fiéis se mobilizou pedindo a saída do presidente da Assembleia de Deus de Itajaí, acusado de supostas fraudes. O grupo pediu o afastamento imediato do pastor ...

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Em outubro de 2020, um grupo de fiéis se mobilizou pedindo a saída do presidente da Assembleia de Deus de Itajaí, acusado de supostas fraudes. O grupo pediu o afastamento imediato do pastor Antônio Nemer Bordin da presidência da igreja. O documento, endereçado à convenção das Assembleias de Deus de Santa Catarina e Sudoeste do Paraná (Ciadescp), listava 18 supostas irregularidades na administração, como imóveis milionários não registrados em nome da igreja, dívidas de R$ 391,9 mil com a prefeitura, ausência de prestação de contas desde 2016, maus-tratos a animal, suspeita de caixa 2, além de acusação de participação de pastores em esquemas de pirâmide financeira. Na época, o grupo deu prazo de 15 dias para o desligamento, sob risco de levar o caso ao Ministério Público.

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A Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Itajaí ajuizou a ação contra o pastor Antônio Nemer Bordin, Samuel Douglas Rodrigues Rosa e a empresa Memphis Assessoria Contábil Ltda, alegando que, após a troca da diretoria em 2020, foram constatadas irregularidades na gestão. As suspeitas envolviam alienação de veículos, registros contábeis fictícios, contratação de previdência privada complementar em favor do ex-gestor, diferenças de caixa, despesas não comprovadas, além de omissões na contabilização de ofertas e receitas. A denúncia indicava que tais condutas acarretaram prejuízos financeiros de R$ 400 mil.

A acusação pedia a condenação dos acusados, o ressarcimento dos valores, a anulação das aprovações de contas em assembleias, além de outras medidas de natureza patrimonial.

Ouvidos pela Justiça, os acusados negaram a denúncia e alegaram, em resumo, inexistência de má-fé na condução administrativa e contábil, ausência de comprovação de prejuízos e a validade das aprovações de contas pela Assembleia Geral Ordinária.

Falhas administrativas

A Justiça ouviu nove testemunhas. Os depoimentos apontaram falhas administrativas, mas nenhuma testemunha confirmou apropriação pessoal ou qualquer prática ilegal por parte dos acusados. “Portanto, o conjunto probatório — em especial o laudo pericial e sua complementação — é categórico em afirmar que não houve comprovação de dano patrimonial mensurável ou de desvio em favor dos réus”, entendeu o juiz, ao julgar a ação improcedente. “Julgo improcedentes os pedidos formulados na ação, condeno a parte autora ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, que fixo em 10% sobre o valor atualizado da causa”, completou o magistrado, na decisão de quinta. Da decisão ainda cabe recurso.

Na época da denúncia, a Ciadescp já havia dito ao DIARINHO que todas as denúncias foram analisadas e que não foi encontrada nenhuma irregularidade.

 

15 anos à frente da igreja

Antônio Bordin esteve à frente da Assembleia de Deus em Itajaí por 15 anos. A sede da igreja fica na rua Adolfo Germano de Andrade, no centro da cidade. A instituição reúne mais de 10 mil membros em 43 congregações espalhadas pelo município.

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O pastor Bordin entrou em jubilação em dezembro de 2020. A jubilação é a aposentadoria por tempo de atividade ministerial do pastorado. O pastor continua morando em Itajaí, mas não lidera nenhuma igreja desde a aposentadoria. Ele continua membro da Assembleia de Deus, mas em Balneário Camboriú.



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