Santa Catarina registrou uma redução de cerca de 12% nos casos de feminicídio entre 2019 e 2024, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do estado. Apesar da queda, o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) alerta que os números seguem preocupantes.
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No período analisado, 335 mulheres foram assassinadas, uma média de 56 crimes por ano, o que equivale a uma morte por semana. Joinville lidera o ranking com 19 casos, seguida por Chapecó, onde 16 ...
No período analisado, 335 mulheres foram assassinadas, uma média de 56 crimes por ano, o que equivale a uma morte por semana. Joinville lidera o ranking com 19 casos, seguida por Chapecó, onde 16 mulheres foram mortas nesse intervalo. O feminicídio é caracterizado pelo assassinato de uma mulher motivado por questões de gênero, geralmente ligado à violência doméstica, discriminação ou menosprezo.
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A redução dos casos variou ao longo dos anos. De 2019 para 2020, a queda foi de 1,72%; de 2020 para 2021, 3,51%. Em 2022, houve um aumento de 3,64%, seguido de estabilidade em 2023. Já em 2024, os casos tiveram um recuo expressivo de 10,53%.
A desembargadora Hildemar Meneguzzi de Carvalho, responsável pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid) do TJSC, destaca que, além da punição, é essencial investir na prevenção. “Conscientizar os mais novos sobre a importância de viver em ambientes onde prevaleça sempre o respeito, o diálogo e a convivência harmoniosa é um caminho eficaz para prevenir conflitos e viver melhor em sociedade”, afirmou.
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Entre as iniciativas da Cevid, está o programa Grupos Reflexivos para Adolescentes nas Escolas, que promove debates sobre estereótipos, masculinidades, violência, relações de poder e discriminação de gênero e étnico-racial, entre outros temas.